Low-Carb à distância
Um novo estudo demonstra que até mesmo orientação à distância sobre low-carb é altamente eficaz para diabetes tipo 2.
Um novo estudo demonstra que até mesmo orientação à distância sobre low-carb é altamente eficaz para diabetes tipo 2.
Novo ensaio clínico randomizado.
É muito gratificante ler, em uma conta oficial da ADA, que “a dieta low-carb foi classificada como a melhor abordagem [para diabetes]” e que a gordura saturada [em quantidades razoáveis], no contexto de uma dieta low-carb, não é um problema.
Um novo estudo, com dados ainda preliminares, indica que low-carb produz MELHORA da função renal em pacientes diabéticos com insuficiência renal crônica em estágio inicial.
Assim como uma andorinha apenas não faz verão, um único exame (em geral) não faz diagnóstico.
Como o estudo não é um experimento, o que os autores tentaram fazer foi, revendo as respostas dos questionários de frequência alimentar que estes indivíduos respondiam periodicamente, separar aqueles que adotaram (por conta própria) uma dieta low-carb moderada (39% de carboidratos – ou seja, bem moderada) versus os que continuaram comendo de acordo com as diretrizes (60 inacreditáveis por cento de carboidratos – lembrando que são diabéticos). O principal achado é que, em pacientes diabéticos tipo 2 que passaram a adotar uma dieta mais pobre em carboidratos, foi constatada uma menor mortalidade por todas as causas.
Um fenômeno que, hoje sabemos, é muito comum em pessoas com diabetes e pré-diabetes.
Há muitos (dezenas) de ensaios clínicos randomizados de low-carb para diabetes que não deixam dúvidas sobre a eficácia da estratégia. Estudos randomizados são necessários a fim de provar que algo funciona. Mas os estudos randomizados – sobretudo os que envolvem medidas de estilo de vida – têm uma grande limitação: a falta de motivação de quem foi sorteado para um grupo, sem tê-lo escolhido.
Minipod! Que low-carb é superior a low-fat (baixa gordura e alto carboidrato) para o controle de diabetes não deveria ser mais surpresa para ninguém. Mas os estudos continuam aparecendo – e isso é bom. A expressão “peso da evidência” ganha um significado quase físico – a pilha de ensaios clínicos randomizados mostrando essa realidade, se fosse impressa, seria literalmente difícil de levantar.
Se eu tivesse uma moeda para cada vez que escutei a afirmação de que as pessoas deveriam comer de 3 em 3 horas, mas que isso seria verdadeiro sobretudo para quem é diabético, já teria uma jarra cheia de moedas.Sobre essa história de comer de 3/3 horas, há inclusive um episódio recente do podcast Comida […]