
Carne vermelha e diabetes
Mais um estudo de epidemiologia nutricional sugerindo que carne vermelha está associado a diabetes – entenda porque é um estudo fraco.
Mais um estudo de epidemiologia nutricional sugerindo que carne vermelha está associado a diabetes – entenda porque é um estudo fraco.
Em um novo estudo, os pesquisadores avaliaram uma coorte de cerca de 380 mil pessoas no Reino Unido para identificar genes que ajudassem a prever a tendência das pessoas a ganhar peso e, o mais importante, a distribuição desse ganho de peso (se mais no subcutâneo, ou mais distribuído pelo corpo).
Um novo estudo demonstra que até mesmo orientação à distância sobre low-carb é altamente eficaz para diabetes tipo 2.
Novo ensaio clínico randomizado.
É muito gratificante ler, em uma conta oficial da ADA, que “a dieta low-carb foi classificada como a melhor abordagem [para diabetes]” e que a gordura saturada [em quantidades razoáveis], no contexto de uma dieta low-carb, não é um problema.
Um novo estudo, com dados ainda preliminares, indica que low-carb produz MELHORA da função renal em pacientes diabéticos com insuficiência renal crônica em estágio inicial.
Assim como uma andorinha apenas não faz verão, um único exame (em geral) não faz diagnóstico.
Como o estudo não é um experimento, o que os autores tentaram fazer foi, revendo as respostas dos questionários de frequência alimentar que estes indivíduos respondiam periodicamente, separar aqueles que adotaram (por conta própria) uma dieta low-carb moderada (39% de carboidratos – ou seja, bem moderada) versus os que continuaram comendo de acordo com as diretrizes (60 inacreditáveis por cento de carboidratos – lembrando que são diabéticos). O principal achado é que, em pacientes diabéticos tipo 2 que passaram a adotar uma dieta mais pobre em carboidratos, foi constatada uma menor mortalidade por todas as causas.
Um fenômeno que, hoje sabemos, é muito comum em pessoas com diabetes e pré-diabetes.
Há muitos (dezenas) de ensaios clínicos randomizados de low-carb para diabetes que não deixam dúvidas sobre a eficácia da estratégia. Estudos randomizados são necessários a fim de provar que algo funciona. Mas os estudos randomizados – sobretudo os que envolvem medidas de estilo de vida – têm uma grande limitação: a falta de motivação de quem foi sorteado para um grupo, sem tê-lo escolhido.